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O presidente da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), Felipe Santa Cruz, classificou as declarações do juiz Marcelo Bretas, responsável pela Operação Lava Jato no Rio de Janeiro como “vedetismo judicial”.
“É um deslumbramento, uma exposição pública, de ginástica, corrida, jogos de futebol, mensagens religiosas. É o ativismo elevado à décima potência pelo doutor Marcelo Bretas”, disse Santa Cruz, que questionou o propósito do magistrado. “O que ele faz é política partidária”, disse Felipe.
O presidente da OAB também criticou a postura de Bretas que reconheceu falha na Operação Lava Jato por não ter apresentado denúncias relacionadas ao Judiciário e ao Ministério Público. “O que me preocupa é essa transmutação, essa mudança do papel do juiz no ativismo e no vedetismo, numa espécie de pessoa pública que pode falar de tudo e de todos, sem prova, fora dos autos, atacando ministros do Supremo, a reputação de instâncias superiores do Judiciário. O doutor Marcelo Bretas é uma vedete, não um juiz”.
De acordo com o presidente da OAB, a promoção dos juízes nas redes sociais se tornou um jogo de vaidade e de popularidade. “A Lava Jato do Rio tem inovado porque ela é quase um partido político”, afirmou.