Cinco deputados presos pela Lava Jato foram soltos pela Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj). Os parlamentares tiveram 39 votos a 25 pela soltura. Em troca da liberdade, os parlamentares vão abrir mão de seus mandatos, não vão ocupar gabinetes na Assembleia e não vão receber salários.
André Correa (DEM), Chiquinho da Mangueira (PSC), Luiz Martins (PDT), Marcus Vinicius Neskau (PTB) e Marcos Abrahão (Avante) são os deputados se beneficiaram.
A votação foi determinada pela ministra do Supremo Tribunal Federal (STF), Cármen Lúcia, atendendo a um pedido das defesas dos presos. A ministra entendeu que as assembleias estaduais têm o mesmo poder do Congresso de votar a soltura de parlamentares.
Os deputados foram alvos da Operação Furna da Onça, que investigou um esquema de corrupção na Alerj comandado pelo ex-governador Sérgio Cabral e que contou com a participação de parlamentares, empreiteiras e da federação das empresas de ônibus do Rio.
A decisão de tirá-los da prisão será enviada ao TRF da 2ª Região, que adotará “as medidas necessárias” para a soltura.
Em tese, os deputados não poderão reaver seus mandatos.