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Funcionários da Petrobras teriam recebido R$ 12 milhões em propina para beneficiar empresa estrangeira, de acordo com informações divulgadas pela força-tarefa da Lava Jato nesta terça-feira (20).
A Lava Jato cumpre nesta manhã sete mandados de busca e apreensão em nova fase da operação para investigar esquema na estatal.
De acordo com a força-tarfa, o valor teria sido movimentado de 2005 a 2015 em 61 operações de comércio internacional de diesel e querosene de aviação realizada pelos escritórios da estatal em Londres, Singapura e Houston. As operações envolveram a compra de mais de 3,3 bilhões de litros de combustíveis.
De acordo com o MPF, “o acerto criminoso também incluía o fornecimento de informações privilegiadas sobre a programação de importações e exportações da Petrobras e sobre os lances que seriam apresentados pela estatal em 12 concorrências internacionais para fornecimento de um bilhão de litros de combustíveis para as petroleiras estatais do Uruguai e do Paraguai”.
Os funcionários da Petrobras forneciam informações sigilosas sobre a produção e demanda da Petrobras para permitir que a empresa envolvida ganhasse os processos de compra e venda.
As autoridades tiveram acesso a e-mails, conversas por aplicativo, documentos, gravações de áudio e extratos bancários para a investigação.
Para o procurador da República Athayde Ribeiro Costa, “as relevantes e complexas apurações em curso de combate a corrupção, evidenciam a necessidade de manutenção de uma estrutura especializada e com memória institucional para o sucesso nas investigações, que exigem cruzamento de dados diversos que se ligam em razão da conexão. Por isso, é importante que seja mantido o empenho institucional do MPF para dar seguimento aos trabalhos da Lava Jato”.