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A campanha do candidato à prefeitura de São Paulo, Guilheme Boulos, acionou a justiça eleitoral, após a campanha de Bruno Covas fazer uma distribuição de cestas básicas através de um programa da prefeitura de São Paulo, na análise do PSOL, o PSDB explorou eleitoralmente a ação. A informação é do jornal O Globo
Um jingle de Covas tocava em um carro de som e tinha um adesivo com o número do partido no capô, enquanto as entregas das cestas eram feitas no local.
O flagrante foi compartilhado diversas vezes nas redes sociais e Boulos afirmou que o ato cometido pelo tucano se tratava de uma “denúncia gravíssima” e classificou o caso como “inaceitável”.
DENÚNCIA GRAVÍSSIMA.
Centenas de pessoas entraram em contato pra denunciar a distribuição de cestas básicas na periferia às vésperas da eleição em atividades de campanha de Bruno Covas.
Vamos tomar as medidas cabíveis. É inacreditável e inaceitável que isso ainda aconteça!
— Guilherme Boulos (@GuilhermeBoulos) November 26, 2020
“É ultrajante que, em pleno 2021, a distribuição de cestas básicas em troca de votos siga acontecendo na maior cidade do país. Estamos avaliando as medidas judiciais cabíveis para que nossos adversários cessem essa prática absurda”, declarou o PSOL através de uma nota.
A entrega das cestas aconteceu na Brasilândia, na Zona Norte da cidade, e faz parte do programa Cidade Solidária, que tem como meta ajudar pessoas em situação de vulnerabilidade durante a pandemia – Ao todo foram doadas 400 cestas básicas a doação aconteceu através de uma entidade que tem convênio com a prefeitura.
Quem entregou as cestas foi o Movimento Social Beneficente (Mosobe) e um dos representantes da organização, Emilson Almeida da Silva, explicou ao jornal GLOBO que o carro de som não tinha qualquer ligação com o ato.
“A ação aconteceu hoje através do Cidade Solidária (programa da prefeitura). Eles vieram atender algumas pessoas da comunidade com distribuição de cesta básica. Só que um rapaz passou com um carro de som e cumprimentou um pessoal e foi embora. Mas não tem nada a ver com a ação. Esse tipo de trabalho é feito desde o ano passado. Entidade social não pode ter ligação partidária” declarou Silva.
Procurada a campanha de Covas destacou que não cometeu o ato: “É inadmissível que, há três dias das eleições, este tipo de conduta esteja sendo compartilhada. Apesar dos ataques e das fake news, vamos manter a nossa postura de mostrar aos eleitores o que fizemos nos últimos anos à frente da prefeitura da capital e o que vamos realizar nos próximos quatro anos”.
De acordo com a prefeitura de São Paulo a distribuição de cestas faz parte do Programa Cidade Solidária e só acontece devido à parceria com as entidades civis e em junto com as secretarias municipais que desenvolvem ações sociais. A prefeitura também informou que todas as entidades parceiras fecharam um acordo onde no termo de adesão está estabelecido que distribuição das cestas deve respeitar integralmente às recomendações do Ministério Público Eleitoral.
“Qualquer ação por parte das entidades que não tenha respeitado a recomendação descumpre o acordo estabelecido no termo de adesão e será apurada”,informou a nota da prefeitura.