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A Agência Reguladora de Medicamentos e Produtos de Saúde do Reino Unido (MHRA) aprovou, na manhã desta quinta-feira (04), o uso do medicamento contra a Covid-19 molnupiravir em pacientes infectados em estado leve ou moderado e que tenham pelo menos um fator de risco para a doença evoluir para caso grave.
No comunicado a agência, que é a primeira no mundo a usar o fármaco, explicou: “O antiviral Lagevrio (molnupiravir) é seguro e eficaz na redução do risco de hospitalização e morte em pessoas com Covid-19 leve a moderado que apresentam risco aumentado de desenvolver doença grave”, anunciou o governo britânico.
O medicamento produzido pela farmacêutica MSD (Merck Sharp & Dohme) é o primeiro antiviral que combate o SARS-CoV-2 de uso oral. O molnupiravir atua na replicação do vírus e impede que ele se multiplique. Com isso, são mantidos os níveis do vírus baixos no corpo e, portanto, reduz a gravidade da doença.
Estudos apresentados pela Merck mostram que a pílula é mais eficaz se tomada no estágio inicial da infecção. A MHRA indica o uso assim que o paciente apresentar o teste de Covid-19 positivo e dentro de cinco dias do início dos sintomas.
O FDA (agência reguladora dos Estados Unidos) e a EMA (agência de medicamentos europeia) estão em fase de análise do antiviral.
No dia 27 de outubro, a farmacêutica anunciou um acordo com uma organização sem fins lucrativos para permitir a produção do molnupiravir por outros laboratórios sem a cobrança de royalties, valores pagos pelas patentes dos produtos, até que a pandemia seja controlada no mundo.
A negociação permitirá que 105 países de baixa e média renda, que fazem parte da ONG apoiada pela ONU, tenham acesso ao antiviral com custos mais baixos.
Além de evitar que apenas países ricos consigam comprar o fármaco e monopolizem o uso. Situação similar a vivenciada com as compras das vacinas contra a Covid-19.