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Autoridades da cidade de Baise, no sudoeste da China, ordenaram aos cerca de 3,5 milhões de habitantes um confinamento rigoroso a partir da noite deste domingo (06/02), após a confirmação de dezenas de casos de covid-19.
Os moradores só podem sair de casa para comprar itens essenciais ou para realizar testes de coronavírus. Além disso, sempre que possível, devem optar pelos serviços de entrega, em vez de comprar em lojas físicas, disse a televisão estatal, citando um comunicado do governo municipal.
Trabalhadores considerados essenciais precisam de passes específicos para se locomover. Serviços não essenciais, bem como transportes públicos e aulas, foram suspensos. Viagens estão proibidas.
Baise relatou 99 casos de coronavírus entre sábado e o meio-dia desta segunda-feira (horário local): duas infecções foram pela variante ômicron. O primeiro caso local foi de um cidadão que voltou para casa para o feriado de uma semana do Ano Novo Lunar.
Testes em massa já estão em andamento. “Os controles de tráfego serão implementados em toda a cidade”, afirmou o vice-prefeito Gu Junyan. “Em princípio, veículos e pessoas não podem entrar ou sair da cidade, com o controle de pessoal estritamente aplicado e sem deslocamentos desnecessários.”
Política de “zero caso”
Embora o surto em Baise, que fica a cerca de 100 quilômetros da fronteira com o Vietnã, pareça insignificante para os padrões globais, a China adota a política de “zero caso”, co a imposição de restrições nas entradas do país, quarentenas de até três semanas, além de testes em massa e confinamentos seletivos para moradores, quando casos numerosos são detectados.
Em dezembro, por exemplo, 13 milhões de habitantes foram colocados em lockdown por mais de um mês, na cidade de Xian, no centro da China, após um surto de mais de 2 mil casos.
Os moradores reclamaram da escassez de mercados e de bloqueios excessivamente duros impostos pelas autoridades locais, que impediram pacientes de receber tratamento médico crítico, levando a mortes em alguns casos.
A China é a única potência mundial a ainda manter a política de tolerância zero contra a covid-19. E, segundo o epidemiologista chefe do Centro Chinês de Controle e Prevenção de Doenças, Wu Zunyou, isso não deve mudar tão cedo.
“Antes, pensávamos que a covid-19 podia ser contida por meio de vacinas, mas agora parece que não há um método simples para controlar a doença, exceto com medidas abrangentes – embora as vacinas sejam a arma mais importante para conter a pandemia, incluindo a variante ômicron”, afirmou.
*Com informações de DW