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Depois de ser demitido do Minas por postagens criticando o ativismo LGBT, o central Maurício Souza afirmou que cogita se lançar candidato nas eleições de 2022. A declaração foi dada em entrevista ao programa “Pânico”, da Jovem Pan, nesta segunda-feira (1º).
Souza, que já foi considerado o melhor central da Liga Mundial de Vôlei, sofreu uma campanha de cancelamento nas redes sociais, apoiada pelos patrocinadores do time, a Fiat e a Gerdau.
“Isso é uma coisa que não estava previsto, nunca me imaginei na política, mas estão me pedindo muito. Muitos partidos conservadores estão me dizendo que seria importante”, afirmou o atleta, que atualmente está sem time.
Ao ser questionado sobre a possibilidade de se candidatar nas eleições no ano que vem, o jogador deixou a questão em aberto e falou em “representar bem” as pessoas que o defenderam na polêmica em seu antigo clube.
“Não sei, preciso refletir. Tenho uma responsabilidade muito grande, em cada post que eu faço, cada entrevista que eu dou. Estou vendo o impacto direto que estou tendo nas pessoas. Hoje elas enxergam em mim esse exemplo. Tenho que pedir sabedoria pra Deus pra eu representar bem essas pessoas”, disse o jogador.
Maurício afirmou que sua carreira foi manchada pelo episódio e que será muito difícil conseguir um novo time, embora, segundo ele, esteja negociando com “sete times”.
“No começo atrai muito mais ódio e isso manchou toda a minha carreira”, disse. “Tudo que eu fiz, construí e batalhei, manchou. Não é só um time me contratar, não é só perder o emprego. O Minas vai pagar meu salário, mas e aí pra frente? Não vou arrumar um time fácil, vai ser uma pressão em cima dos patrocinadores do time, e meus companheiros vão ter que ter uma cabeça forte”, disse o central.