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O ex-presidente da Fifa, Joseph Blatter, e o ex-presidente da Uefa e ex-jogador italiano, Michel Platini, foram absolvidos nesta sexta-feira (08) por uma corte da Suíça que os julgou por corrupção.
Em 2011, quando ocupavam esses cargos, Blatter fez um pagamento de 2 milhões de francos suíços (cerca de R$ 10 milhões hoje) para Platini, a título de “consultoria”.
Na acusação, o Ministério Público da Suíça argumentou que essa transferência se deu “sem base legal” e que serviu para “enriquecer ilegalmente Platini” às custas da Fifa.
O tribunal de Bellinzona, na Suíça, descartou a acusação e absolveu tanto Blatter quanto Platini – que pôde recuperar os 2 milhões de francos.
Na época, Platini era considerado o sucessor natural de Blatter, presidente da Fifa desde 1998. A publicação do caso em 2015 acabou com a carreira dos dois como dirigentes de futebol.
Blatter renunciou à presidência da Fifa e depois foi banido pelo Comitê de Ética da entidade. Platini também foi banido do futebol, mas sua pena foi reduzida pelo CAS – e termina neste ano.
Após o julgamento, Platini afirmou que pretende “ir atrás dos culpados” por sua situação:
“Depois de sete anos de mentiras e manipulação, a verdade veio à tona neste julgamento. Há culpados [que ele não nomeou] que não compareceram a este julgamento. Nós vamos nos encontrar novamente, porque eu não vou desistir da busca pela verdade”.
Blatter afirmou ainda que está “limpo de consciência” e que o tribunal provou que ele “não fez nada de errado”.