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Em um depoimento explosivo ao Ministério Público de São Paulo, o empresário Antônio Vinícius Lopes Gritzbach acusou dirigentes ligados a empresas de agenciamento de jogadores de futebol de estarem envolvidos em um esquema de lavagem de dinheiro associado ao Primeiro Comando da Capital (PCC). A revelação foi feita pelo jornal O Estado de S.Paulo.
Gritzbach supostamente forneceu informações detalhadas que incluem mensagens e contratos que ligam as empresas investigadas ao crime organizado. Embora, até o momento, não haja evidências de envolvimento direto de atletas, cartolas ou clubes, o Grupo de Atuação Especial e Combate ao Crime Organizado (Gaeco) está investigando se o financiamento para negociações de jogadores tem origem no tráfico de drogas.
O empresário detalhou em sua delação a participação de Danilo Lima de Oliveira, conhecido como Tripa, da Lion Soccer Sports, e de Rafael Maeda Pires, também conhecido como Japa do PCC, que teria tido papel ativo nas operações da FFP Agency Ltda, gerida por Felipe D’Emílio Paiva. Japa foi encontrado morto no Tatuapé, zona leste de São Paulo, no ano passado. Até o momento, as defesas da FFP e da Lion Soccer Sports não foram localizadas para comentar o caso. O espaço está aberto para qualquer manifestação.
As empresas sob investigação têm ou tiveram em seu portfólio jogadores de destaque, atualmente vinculados a clubes como Milan, Real Madrid e Grêmio.
Gritzbach, que havia sido acusado pelo PCC de desviar R$ 100 milhões em bitcoins, decidiu colaborar com as investigações ao assinar um acordo de delação premiada com o Gaeco. A proposta de delação foi feita pela defesa em setembro de 2023, com o acordo homologado pela Justiça em abril de 2024.
O Corinthians, um dos clubes mencionados, expressou surpresa com as alegações. Em nota oficial, o clube afirmou: “A diretoria do Sport Club Corinthians Paulista recebeu com grande surpresa a notícia de que atletas supostamente agenciados por integrantes do crime organizado formalizaram contratos com o clube.”