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O ex-governador do Acre Flaviano Melo (MDB) faleceu nesta quarta-feira (20), aos 75 anos, após complicações de saúde no Hospital Albert Einstein, em São Paulo. Ele estava internado na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) desde o dia 9 de novembro, tratando de um quadro grave de pneumonia. De acordo com informações de familiares, Melo teve uma piora no seu estado clínico na terça-feira (19), e a morte cerebral foi confirmada no início da tarde de quarta, quando os aparelhos que o mantinham vivo foram desligados.
O político, que presidia o MDB no Acre, foi transferido para São Paulo após o agravamento da infecção pulmonar que o acometia desde o começo de novembro. Melo passou também por um cateterismo em 12 de novembro, mas a infecção, embora controlada, não foi completamente superada. Sua esposa, Luciana Videl, e seu filho, Leonardo Melo, divulgaram uma mensagem de fé e confiança em Deus, refletindo sobre a perda.
Trajetória política de Flaviano Melo
Flaviano Flávio Baptista de Melo nasceu em 17 de novembro de 1949 em Rio Branco e tinha uma trajetória política marcada por vários cargos de relevância no Acre. Filiado ao MDB desde 1969, ele foi o último prefeito de Rio Branco a ser nomeado pelo governo estadual antes da reabertura política pós-ditadura, ocupando o cargo entre 1983 e 1986. Melo também foi o segundo governador eleito por voto direto no Acre, sucedendo Nabor Júnior. Governou o estado entre março de 1987 e abril de 1990, antes de se eleger para o Senado Federal.
Após uma derrota para Orleir Cameli nas eleições de 1994, e outra para Tião Viana em 1998, Melo retornou à política local em 2000, quando foi eleito novamente prefeito de Rio Branco, cargo do qual renunciou em 2002 para tentar o governo do estado, mas perdeu para Jorge Viana.
Entre 2007 e 2023, Melo também atuou como deputado federal por quatro legislaturas, destacando-se por suas posições em importantes votações no Congresso Nacional. Entre os momentos marcantes de sua carreira política, estão os votos a favor do impeachment de Dilma Rousseff, da PEC do teto de gastos e da reforma trabalhista, além de sua participação na rejeição da denúncia contra Michel Temer, em 2017.