Na última quarta-feira (31), a Folha de S. Paulo relatou um corte substancial de quase 70% na verba destinada a custos administrativos do Ministério da Defesa. Tal medida, segundo o veículo, surgiu após a sanção do Orçamento pelo presidente Lula (PT), acendendo um alerta entre os membros da pasta, que temem uma possível paralisação das atividades cotidianas do ministério diante da escassez de recursos.
O corte, conforme informado pelo jornal, foi recomendado pelo próprio governo ao Congresso Nacional, visando realocar fundos para o Novo PAC (Programa de Aceleração e Crescimento), uma das principais prioridades e vitrines do governo Lula 3.
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Em resposta, o Ministério da Defesa comunicou que, diante do atual panorama orçamentário, seus técnicos estão em busca de alternativas para garantir a continuidade das atividades e dos principais projetos da pasta.
É importante salientar que o Ministério da Defesa não foi afetado pelo corte nos recursos de emendas parlamentares, recentemente anunciado pelo governo. Tais recursos são destinados a deputados e senadores e não podem ser utilizados para despesas operacionais do ministério.
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Com um montante de apenas R$ 42,3 milhões em caixa, a pasta enfrentou um dos maiores cortes na verba de custeio em relação ao ano anterior, quando dispunha de R$ 103,6 milhões para despesas discricionárias, incluindo contratos de terceirizados e outras atribuições da rotina ministerial.
O Ministério do Meio Ambiente também enfrentou um corte significativo, com mais de 30% a menos em sua rubrica de manutenção administrativa, ficando com apenas R$ 34,8 milhões.
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Entretanto, essa realidade não foi uniforme em toda a Esplanada. Algumas pastas viram um aumento em seus recursos para custos administrativos. Por exemplo, o Ministério dos Direitos Humanos teve um aumento de mais de 20%, passando de R$ 105 milhões para R$ 130 milhões.
No total, o governo retirou cerca de R$ 1 bilhão da verba destinada às despesas administrativas dos ministérios, restando aproximadamente R$ 11,5 bilhões.
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Este ano de restrições orçamentárias promete uma corrida por mais recursos em todas as pastas. Segundo relatos, os técnicos do Ministério da Defesa já buscaram o ministro José Múcio Monteiro para solicitar intervenção junto ao Palácio do Planalto em prol do ministério.