Na sexta-feira (4), a ministra Rosa Weber arquivou um inquérito que tramitava no Supremo Tribunal Federal no qual era investigado o ministro-chefe da Casa Civil, Ciro Nogueira.
Ciro Nogueira foi investigado por suposto recebimento de propina da J&F para conseguir o apoio do PP à campanha de reeleição da ex-presidente Dilma Rousseff (PT).
Na decisão de arquivar o inquérito, Rosa Weber atendeu a pedido da Procuradoria-Geral da República, que discordou do entendimento da Polícia Federal. No último dia 6, a PGR defendeu no Supremo o arquivamento do inquérito por considerar que as investigações não reuniram provas suficientes.
“Como se sabe, a jurisprudência do Supremo Tribunal Federal reputa inviável a recusa a pedido de arquivamento de inquérito ou de peças de informação deduzido pelo Ministério Público, quando ancorado na ausência de elementos suficientes à persecução penal”, disse a ministra.
“Não foram colacionados aos autos elementos de prova que corroboram as narrativas dos colaboradores no sentido que as doações oficiais e os pagamentos de valores em espécie tenham ocorrido com o propósito de financiar a compra do apoio do PP para a candidatura de Dilma Rousseff nas eleições de 2014”, disse a vice-procuradora-geral da República, Lindôra Araújo, ao justificar o pedido de arquivamento.