O ministro Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal Federal, suspendeu de forma definitiva três ações de improbidade administrativa que tramitavam contra o presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL). O caso corre no STF em segredo de justiça.
Ações já estavam suspensas desde abril de 2021, por determinação do ministro. Gilmar atendeu a um pedido da defesa do deputado.
Os processos corriam em segredo de Justiça e tratavam do suposto desvio de R$ 10,4 milhões de Lira e seu pai, o ex-senador Benedito de Lira, da Petrobras. O esquema foi delatado por Ricardo Ribeiro Pessoa, empreiteiro da UTC, acusado por corrupção ativa e lavagem de dinheiro. A Justiça Federal do Paraná chegou a determinar bloqueio de R$ 10,4 milhões do deputado e do prefeito.
Essa acusação formal da Procuradoria-Geral da República tinha sido rejeitada em 2017. Segundo a ação, apresentada em 2015 pelo então procurador-geral Rodrigo Janot, ambos receberam propina de R$ 2,6 milhões em 2010 e 2011 num esquema de corrupção na Diretoria de Abastecimento da Petrobras.