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O Supremo Tribunal Federal (STF) formou maioria para extinguir ao menos 22 ações com pedido de indenização contra repórteres do jornal Gazeta do Povo que publicaram reportagem sobre supersalários de juízes e de promotores do Paraná.
O julgamento acontece no plenário virtual do STF em sessão que se encerra às 23h59 desta sexta-feira (29).
Até lá, pode haver pedido de vista (mais tempo para análise) ou destaque (levar o caso a plenário).
Já votaram pela extinção dos processos a ministra Rosa Weber, que é relatora da ação, e os ministros Cristiano Zanin, André Mendonça, Edson Fachin, Dias Toffoli e Cármen Lúcia.
O ministro Alexandre de Moraes divergiu, mas sem entrar no objeto da decisão, apenas afirmando que o meio processual não foi o adequado.
As ações dos magistrados contra o jornal foram apresentadas em pelo menos 15 cidades em 2016, o que obrigou os 5 jornalistas da Gazeta do Povo que assinaram o material a viajarem por dias seguidos às audiências.
Em um dos casos, os jornalistas chegaram a sofrer uma 1ª condenação, de R$ 20 mil. Na decisão, o julgador acusa a Gazeta do Povo de “agir de maneira descuidada” e “pejorativa”. A decisão também foi derrubada pelo STF.
Desde o início das ações, a Gazeta do Povo vinha sustentando que as petições iniciais são praticamente idênticas e também falava em “ação coordenada”.