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Os jornalistas Wa Lone e Kyaw Soe Oo, sentenciados a sete anos de prisão, por infringirem a lei de Segredos Oficiais de Mianmar foram libertados nesta terça-feira (7) após 500 dias. Eles foram libertados sob uma anistia presidencial para 6.520 prisioneiros.
Além dos profissionais, o presidente do país, Win Myint perdoou milhares de outros prisioneiros em anistias em massa desde o mês passado. Em Mianmar, este é comum que as autoridades libertem prisioneiros em todo o país na época do Ano Novo tradicional, que começou em 17 de abril.
Cercado pela mídia e por apoiadores enquanto passava pelos portões da Prisão de Insein, nos arredores de Yangon, um sorridente Wa Lone fez sinal de positivo e disse que estava agradecido pelos esforços internacionais para garantir sua liberdade. “Estou muito feliz e animado para ver minha família e meus colegas. Eu não posso esperar para ir para a redação”, disse.
Antes de sua prisão em dezembro de 2017, os jornalistas trabalhavam em uma investigação sobre a morte de 10 homens e meninos muçulmanos por forças de segurança e civis budistas no Estado de Rakhine, no oeste de Mianmar, durante uma ofensiva do Exército que começou em agosto de 2017.
A reportagem que os dois fizeram, apresentando testemunhos de perpetradores, testemunhas e famílias das vítimas, recebeu o Prêmio Pulitzer de reportagem internacional em maio. Segundo o porta-voz do governo, Zaw Htay, a decisão de soltar os dois foi tomada depois que as famílias enviaram cartas para a líder do governo, Aung San Suu Kyi. “Levamos as cartas em consideração e os libertamos no interesse do país”, disse Zaw Htay a repórteres.
A Suprema Corte de Mianmar havia rejeitado o último recurso dos jornalistas em abril. Eles tinham recorrido ao tribunal citando evidências de uma armação da polícia e falta de provas de um crime, depois que um Tribunal de Yangon havia rejeitou um recurso anterior em janeiro.