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O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, afirmou nesta quarta-feira (7), que agora seu país está “no topo” da disputa comercial com a China, agravada aceleradamente desde que ele anunciou que imporia, a partir de 1º de setembro, uma tarifa de 10% sobre US$ 300 bilhões em importações chinesas que ainda não foram alvo de cobranças punitivas.
Ele ainda acusou a China de manipulação cambial depois que o Banco do Povo da China nada fez para impedir que o dólar ultrapassasse a barreira psicológica de 7 yuans.
Apesar de todos os comunicados de Pequim rechaçando “firmemente” essa rotulagem pelo Departamento do Tesouro dos EUA, Trump alegou que o país asiático teria “admitido” ser um “manipulador cambial”, e disse a repórteres na Casa Branca: “Vou te contar uma coisa: a China realmente quer fazer um acordo”.
Como em diversas outras ocasiões, o republicano comentou que a economia chinesa “não está indo bem” e empresas estão “saindo de lá”.
Pressão sobre o Fed
Nesta quarta, Trump ainda cobrou que o Federal Reserve (Fed, o banco central americano) corte os juros em dimensão “maior e mais rápido” no país. “Incompetência é uma coisa terrível para se assistir, especialmente quando as coisas poderiam ser adereçadas tão facilmente”, acrescentou.
No Twitter, ele argumentou que sua economia está “mais forte do que nunca”, que tem recebido dinheiro “enquanto a China está perdendo milhares de empresas para outros países, e sua moeda está sob cerco”.
Para o presidente americano, o “problema” não é Pequim, com quem o país trava uma disputa tarifária, mas sim o Fed, que é “muito orgulhoso para admitir seu erro de agir muito rápido e apertar muito (e que eu estava certo!)”, escreveu.
Em dezembro, o Fed decidiu elevar a taxa de juros em 0,25 ponto porcentual, para a faixa entre 2,25 e 2,50%. Na reunião mais recente, em julho, o banco central cortou a taxa básica na mesma proporção, para a faixa entre 2,0% e 2,25%.
Trump destacou que três bancos centrais cortaram juros desde terça-feira – Nova Zelândia, Tailândia e Índia. Ainda na rede social, o republicano acrescentou que “vamos vencer de qualquer forma, mas seria muito mais fácil se o Fed entendesse, o que eles não fazem, que estamos competindo contra outros países”.
*Com Estadão Conteúdo