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Jornalistas da AFP ouviram várias explosões, seguidas do som de outras detonações e de clarões avermelhados no céu, o que indica que o sistema de defesa americano C-RAM foi rapidamente ativado na sede diplomática, situada na Zona Verde de Bagdá, a mais segura da capital iraquiana.
O ataque ocorre no mesmo dia em que os Estados Unidos anunciaram que vão retirar 500 de seus soldados no Iraque, com a intenção de deixar apenas 2.500 militares no país. Quatro projéteis caíram na Zona Verde, enquanto outros três impactaram bairros de Bagdá, matando uma menina e ferido outros cinco civis, informou o exército.
Em meados de outubro, as facções pró-iranianas no Iraque tinham informado que não voltariam a atacar a embaixada americana se Washington anunciasse a retirada de todas as suas tropas antes do fim do ano. Para Washington, os quase 90 ataques, sobretudo com foguetes, registrados há um ano contra sua embaixada, bases iraquianas que abrigam soldados americanos e comboios logísticos de prestadores de serviços iraquianos que trabalham para o exército americano, são obra principalmente das brigadas do Hezbollah, a facção iraquiana pró-iraniana mais radical.
Grupos não identificados, vinculados a movimentos pró-iranianos, reivindicaram vários ataques e asseguraram que exigem a saída dos “ocupantes” americanos, baseando-se e uma votação no Parlamento iraquiano. Em janeiro, 48 horas depois da morte do general iraniano Qassem Soleimani e seu braço-direito iraquiano, Abu Mehdi al Muhandis, em um ataque americano, os deputados xiitas iraquianos votaram pela expulsão dos 5.200 soldados americanos presentes então em seu território.
O gabinete de Mustafá al Kazimi, nomeado em maio, defende dar “três anos” aos Estados Unidos para deixar o país, ao qual voltaram em 2014 para combater o grupo jihadista Estado Islâmico.