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(Reuters) – O Facebook deletou no domingo (21) a página principal dos militares de Mianmar sob seus padrões que proíbem o incitamento à violência, disse a empresa, um dia depois de dois manifestantes serem mortos quando a polícia abriu fogo em uma manifestação contra o golpe de 1º de fevereiro.
“Em linha com nossas políticas globais, removemos a página da equipe de informações do Tatmadaw True News do Facebook por violações repetidas de nossos Padrões da Comunidade que proíbem o incitamento à violência e a coordenação de danos”, disse um representante do Facebook em um comunicado.
O exército de Mianmar é conhecido como Tatmadaw. Sua página True News não estava disponível no domingo.
O porta-voz militar não respondeu a um telefonema da Reuters pedindo comentários.
Duas pessoas foram mortas na segunda cidade de Mianmar, Mandalay, no sábado, quando a polícia e soldados atiraram contra os manifestantes que protestavam contra a derrubada do governo eleito de Aung San Suu Kyi, disseram funcionários de emergência, o dia mais sangrento em mais de duas semanas de manifestações.
Nos últimos anos, o Facebook se envolveu com ativistas de direitos civis e partidos políticos democráticos em Mianmar e se opôs aos militares depois de sofrer fortes críticas internacionais por não conter campanhas de ódio online.
Em 2018, baniu o chefe do exército Min Aung Hlaing – agora o governante militar – e 19 outros oficiais superiores e organizações, e retirou centenas de páginas e contas geridas por militares por comportamento inautêntico coordenado.
Antes das eleições de novembro, o Facebook anunciou que retirou do ar uma rede de 70 contas e páginas falsas operadas por militares que postaram conteúdo positivo sobre o exército ou críticas a Suu Kyi e seu partido.