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Na noite desta quinta-feira (20), o presidente socialista da Argentina, Alberto Fernández, anunciou um lockdown de nove dias, entre a 0h do próximo sábado (22) até o dia 30 de maio (domingo, inclusive), devido ao aumento de casos de Covid-19 no país, na chamada segunda onda.
“Estamos vivendo o pior momento desde que a pandemia começou”, declarou Fernández, em pronunciamento transmitido pela rede nacional de televisão, na noite da quinta-feira 20. “Todos os dados científicos mostram que a situação na Argentina é gravíssima. Estamos tendo a maior quantidade de casos e de falecidos. Um recorde. Não podemos naturalizar a tragédia”.
De acordo com dados oficiais, a Argentina tem mais de 72 mil mortos e quase 3,5 milhões de infectados pela vírus chinês, desde o início da epidemia.
A Argentina foi a que teve o confinamento radical mais longo, que durou sete meses no ano passado. As mortes por covid-19, porém, não diminuíram. Hoje, o país dos hermanos registra inflação de 46%.
Entre outras crises, Fernández terá de pagar US$ 44 bilhões ao Fundo Monetário Internacional. Nesta semana, o chefe do Executivo suspendeu, por 30 dias, a exportação de carne bovina. Ruralistas decidiram reagir.