Nesta quinta-feira (11), o ditador da Bielorrússia Aleksandr Lukashenko afirmou que irá “reagir” se a União Europeia (UE) impuser um novo pacote de sanções contra o governo por conta da crise com migrantes na fronteira da Polônia.
“Fornecemos calor para a Europa, e ainda mais agora que ameaçam fechar as fronteiras. E se interrompermos o fornecimento de gás natural ali?”, ameaçou o mandatário em uma entrevista à agência de notícias estatal Belta.
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A referência de Lukashenko é sobre o gasoduto Yamal-Europe, da empresa russa Gazprom, e que, apesar de partir do território da Rússia, tem cerca de 680 quilômetros de dutos em Belarus até chegar à Polônia.
A fala do presidente refere-se ao anúncio da Comissão Europeia feito nesta quarta-feira (10) de que já está tramitando nos órgãos internos um novo pacote de sanções contra aliados de Lukashenko, o sexto desde as eleições presidenciais de agosto do ano passado, consideradas fraudadas pelo bloco.
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A tendência é que se a UE impor mais punições, outros grandes países ocidentais, como Reino Unido e Estados Unidos, também reforcem as suas. Vale ressaltar que as medidas não afetam a população em si, mas aliados políticos e econômicos do país, que veem seus bens bloqueados nos 27 países-membros do bloco e têm suas viagens para essas nações barradas.
O bloco europeu acusa Minsk de usar migrantes como uma “arma política” na fronteira com a Polônia. O governo estaria forçando e incentivando que essas pessoas entrem ilegalmente no território polonês, em uma rota que segue para a Alemanha e outras nações do bloco.
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Além disso, uma recente operação polonesa em um dos acampamentos verificou material de propaganda extremista islâmica e há o temor que Minsk esteja permitindo que potenciais terroristas se infiltrem nos grupos de migrantes verdadeiros.
No entanto, desde 22 de outubro, a Polônia aprovou uma lei que determina a repatriação imediata de qualquer pessoa que tente entrar ilegalmente em seu território – o que também é uma violação dos tratados internacionais – e autorizou a construção de um muro na fronteira para substituir as cercas de arame farpado. Para Lukashenko, são os poloneses que estão armando os migrantes na fronteira.
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Nesta semana, uma marcha de milhares de pessoas chegou à fronteira para tentar forçar a passagem e diversos foram os momentos de alta tensão e de agressões no local. A Polônia enviou cerca de 12 mil soldados para fazer a proteção fronteiriça.
*De Gazeta Brasil, com informações de Ansa
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