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Suécia e Finlândia concordaram em enviar pedidos simultâneos de adesão à aliança liderada pelos EUA na Otan já em meados do próximo mês, informou a imprensa local nesta segunda-feira (25).
O diário finlandês Iltalehti disse na segunda-feira que Estocolmo “sugeriu que os dois países indicassem sua vontade de aderir” no mesmo dia, e que Helsinque concordou “desde que o governo sueco tenha tomado sua decisão”.
O jornal sueco Expressen citou fontes do governo como confirmando a reportagem. Os primeiros-ministros dos dois países disseram neste mês que estão deliberando sobre a questão, argumentando que a invasão da Ucrânia pela Rússia mudou “todo o cenário de segurança” da Europa e “moldou dramaticamente a mentalidade” na região nórdica.
A primeira-ministra da Finlândia, Sanna Marin, disse então que seu país, que compartilha uma fronteira de 1.300 km com a Rússia , decidiria se se candidataria à aliança “bem rápido, em semanas, não meses”, apesar do risco de enfurecer Moscou.
Sua colega sueca, Magdalena Andersson, disse que a Suécia precisa estar “preparada para todos os tipos de ações da Rússia” e que “tudo mudou” quando Moscou atacou a Ucrânia. A Rússia alertou repetidamente os dois países contra a medida.
O Kremlin disse que seria forçado a “restaurar o equilíbrio militar” fortalecendo suas defesas no Báltico, inclusive com a implantação de armas nucleares, se os dois países decidissem abandonar décadas de não alinhamento militar ao ingressar na Otan.
A ministra das Relações Exteriores da Suécia, Ann Linde, disse na semana passada que uma ampla revisão da política de segurança seria concluída até 13 de maio, em vez de 31 de maio, como planejado originalmente, acrescentando que com a análise da Finlândia já publicada “agora há muita pressão”.
O Expressen disse que os pedidos simultâneos poderão ser apresentados na semana de 16 de maio, coincidindo com uma visita de Estado a Estocolmo do presidente finlandês Sauli Niinistö. O Guardian não pôde confirmar de forma independente os relatórios.
Pesquisas de opinião recentes mostraram que 68% dos finlandeses são a favor de ingressar na aliança, mais que o dobro do número anterior à invasão, com apenas 12% contra. As pesquisas na Suécia sugerem que uma pequena maioria de suecos também apóia a adesão.
Ambos os países são oficialmente não alinhados militarmente, mas tornaram-se parceiros da Otan – participando de exercícios e trocando informações – depois de abandonar sua postura anterior de estrita neutralidade quando ingressaram na UE em 1995, após o fim da guerra fria.