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O presidente ucraniano, Volodymyr Zelenskiy, reiterou a oferta de manter conversas diretas com o presidente russo, Vladimir Putin, e disse que a retirada da Rússia da Ucrânia deve ser o ponto de partida para qualquer discussão.
“Como presidente, estou pronto para falar com Putin, mas apenas com ele. Sem nenhum de seus intermediários. E no âmbito do diálogo, não de ultimatos”, disse ele à televisão italiana RAI 1 em entrevista exibida na Ucrânia na sexta-feira.
Ucrânia e Rússia não mantêm negociações de paz face a face desde 29 de março. O principal negociador russo, Vladimir Medinsky, foi citado pela agência de notícias Interfax nesta segunda-feira dizendo que as negociações de paz estavam sendo realizadas remotamente.
Putin disse ao chanceler alemão Olaf Scholz por telefone na sexta-feira que o progresso nas negociações sobre o fim do conflito foi “essencialmente bloqueado por Kiev”, disse o Kremlin. Kiev culpa Moscou pela falta de progresso.
Em seus comentários públicos mais completos por semanas sobre as perspectivas de negociações de paz, Zelenskiy disse que a Ucrânia não comprometeria sua integridade territorial.
Ele descartou sugestões – que atribuiu a Paris – de que a Ucrânia deveria fazer concessões para garantir um acordo de paz que permitiria a Putin salvar a face.
“Saiam deste território que vocês ocupam desde 24 de fevereiro”, disse ele. “Este é o primeiro passo claro para falar sobre qualquer coisa.”
As forças russas assumiram o controle da cidade de Mariupol, no sul, mas estão lutando para avançar no norte e no leste da Ucrânia, depois de abandonar um ataque em direção a Kiev.
A Rússia também controla a península da Crimeia, que tomou e anexou em 2014, e separatistas apoiados pela Rússia declararam “repúblicas populares” em áreas que controlam em duas províncias da região de Donbas, no leste da Ucrânia.
Zelenskiy disse que Kiev se ofereceu para manter a Crimeia fora das negociações por enquanto se isso complicasse os esforços para acabar com a guerra ou tornasse as negociações entre ele e Putin mais complicadas. Mas acrescentou: “Nunca reconheceremos a Crimeia como parte da Federação Russa”.
*Com informações de Reuters