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O número de mortos num ataque com mísseis lançado na quarta-feira pelas forças russas contra uma estação ferroviária na região de Dnipropetrovsk, no centro da Ucrânia, subiu para 25, segundo um novo balanço das autoridades ucranianas hoje divulgado. O anterior balanço dava conta de 22 mortos.
“Na sequência do bombardeamento de uma área residencial e da estação ferroviária, 25 pessoas morreram, duas delas menores. Um rapaz de 11 anos morreu debaixo dos escombros de uma casa, outro rapaz de 6 anos morreu num carro perto da estação ferroviária”, disse o chefe-adjunto do gabinete presidencial, Kyrylo Tymoshenko, numa mensagem publicada na rede social Telegram.
O representante acrescentou que as operações de busca e salvamento na área atingida pelo ataque foram dadas como concluídas.
Durante a sua intervenção no Conselho de Segurança da ONU, numa reunião realizada no dia em que se celebrava o Dia da Independência da Ucrânia e se assinalavam simultaneamente seis meses desde o início da invasão lançada pela Rússia, Volodymyr Zelensky relatou que os projéteis tinham atingido diretamente os vagões que estavam na estação ferroviária e que quatro deles tinham ardido.
A ofensiva militar lançada a 24 de fevereiro pela Rússia na Ucrânia causou já a fuga de quase 13 milhões de pessoas — mais de seis milhões de deslocados internos e quase sete milhões para os países vizinhos -, de acordo com os mais recentes dados da ONU, que classifica esta crise de refugiados como a pior na Europa desde a Segunda Guerra Mundial (1939-1945).
A invasão russa — justificada pelo Presidente russo, Vladimir Putin, com a necessidade de “desnazificar” e desmilitarizar a Ucrânia para segurança da Rússia – foi condenada pela generalidade da comunidade internacional, que tem respondido com envio de armamento para a Ucrânia e imposição à Rússia de sanções em todos os setores, da banca à energia e ao desporto.
Na guerra, que hoje entrou no seu 182.º dia, a ONU apresentou como confirmados 5.587 civis mortos e 7.890 feridos, sublinhando que os números reais são muito superiores e só serão conhecidos no final do conflito.
*Com informações de RTP