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O Irã confirmou que reabrirá sua embaixada na Arábia Saudita nesta semana, sete anos depois de ter sido fechada devido a uma desavença diplomática.
Em uma breve declaração na segunda-feira, o porta-voz do Ministério das Relações Exteriores do Irã, Nasser Kanani, disse que a embaixada de Teerã em Riad será reaberta na terça-feira (6), seguida pela reabertura de seu consulado em Jeddah e de seu escritório de representação na Organização de Cooperação Islâmica um dia depois.
Ele disse que a embaixada e o consulado já começaram a funcionar para facilitar as peregrinações para o Hajj e agora serão “reabertos oficialmente na presença de funcionários do ministério das relações exteriores dos dois países”.
A medida vem de acordo com um acordo mediado pela China que o Irã e a Arábia Saudita assinaram em Pequim em 10 de março, que estabeleceu um prazo de dois meses para reabrir as embaixadas.
Desde então, as autoridades iranianas disseram que as embaixadas começaram a realizar alguns trabalhos práticos, mas precisavam de mais tempo para reabrir oficialmente porque os prédios estavam fechados há anos.
Ainda não há confirmação oficial de quando a embaixada saudita em Teerã ou o consulado do reino em Mashhad reabrirá oficialmente ou quem será seu embaixador.
Teerã escolheu Alireza Enayati, ex-enviado ao Kuwait e vice do Ministério das Relações Exteriores para assuntos regionais, como seu enviado a Riad, informou a mídia estatal iraniana no mês passado.
Riad cortou relações diplomáticas com Teerã em 2016, depois que seus escritórios de representação foram invadidos durante manifestações para protestar contra a execução de um líder religioso xiita pelo reino de maioria sunita.
As duas potências regionais vêm reduzindo constantemente as tensões nos últimos meses, algo que disseram que ajudará a reforçar a segurança em toda a região.
Desde o acordo em março, os países da região também seguiram o exemplo da Arábia Saudita para normalizar as relações com a Síria e seu presidente, Bashar al-Assad, a quem haviam condenado ao ostracismo após sua sangrenta repressão aos protestos de 2011, que resultaram em uma guerra civil de uma década.
