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A temperatura média global mais alta já registrada foi em junho, e esse padrão continuou em julho, de acordo com a Organização Meteorológica Mundial. Acredita-se que julho será o mês mais quente já registrado na Terra, possivelmente em mais de 100 mil anos, segundo a NASA.
Recordes diários de temperatura média foram quebrados ao longo deste mês, com 17 dias mais quentes em julho nos últimos 40 anos de observações globais. Fenômenos climáticos extremos também foram registrados em diferentes partes do mundo, com ondas de calor em vários continentes.
As mudanças climáticas são consideradas responsáveis por esse aquecimento sem precedentes, impulsionadas principalmente pelas emissões de gases de efeito estufa. O mês de julho pode marcar um ponto de inflexão, com temperaturas extremas na primeira quinzena, indicando que será o mais quente desde o início dos registros no século XIX.
O primeiro semestre de 2023 também foi o terceiro mais quente da história, e há uma probabilidade crescente de que 2023 seja o ano mais quente já registrado. As condições para o fenômeno El Niño também estão se formando, o que pode aumentar ainda mais as temperaturas extremas no próximo ano.
Apesar das evidências alarmantes, nem toda a população mundial tem acesso a sistemas de alerta precoce para eventos climáticos extremos. Por isso, a iniciativa “Early Warning for All” da ONU busca proteger todos os habitantes da Terra com sistemas de alerta precoce até 2027.