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Os eleitores equatorianos vão às urnas no domingo, 20 de agosto, para eleger um novo presidente, além de membros do parlamento de 137 assentos. A eleição está sendo realizada em meio a uma onda de violência do narcotráfico no país, que levou ao assassinato de um dos principais candidatos, Fernando Villavicencio, apenas 11 dias antes da votação.
O atual presidente, Guillermo Lasso, convocou eleições antecipadas depois de dissolver o Congresso dominado pela oposição em maio para evitar um julgamento de impeachment. Para vencer no primeiro turno, o candidato deve obter 40% dos votos ou ficar 10 pontos à frente de seu concorrente mais próximo. Um possível segundo turno está agendado para 15 de outubro.
Os oito candidatos presidenciais priorizaram as promessas de reprimir o crime organizado, enquanto fazem campanha com coletes à prova de balas. O pequeno país sul-americano tornou-se nos últimos anos um playground para a máfia estrangeira que busca exportar cocaína, provocando uma guerra brutal entre gangues locais.
O assassinato de Villavicencio é um lembrete dos desafios que o Equador enfrenta. Em 2022, o país bateu o recorde de 26 homicídios por 100 mil habitantes, índice superior ao da Colômbia, México e Brasil.
Liderando as pesquisas antes do assassinato está Luisa Gonzalez, 45, advogada do partido de esquerda do ex-presidente Rafael Correa. No entanto, observadores dizem que o assassinato pode ter abalado a corrida.
Outro candidato importante é o empresário de direita Jan Topic, de 40 anos. Apelidado de “Rambo”, o ex-pára-quedista e franco-atirador da Legião Estrangeira Francesa prometeu acabar com gangues criminosas e construir mais prisões, imitando Nayib Bukele de El Salvador.
Em um dos países de maior biodiversidade do mundo, dois referendos importantes estão ocorrendo no domingo, juntamente com a eleição. Um pedirá aos eleitores que escolham se continuarão com a extração de petróleo na Amazônia, e outro se concentrará em proibir as atividades de mineração na floresta Choco Andino.
Os resultados das eleições serão anunciados na mesma noite, com a contagem final prevista para 10 dias. O novo presidente tomará posse em 26 de outubro e cumprirá apenas o restante do mandato de Lasso, um ano e meio.