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O Reino Unido acusou a Rússia de conduzir uma campanha cibernética de anos contra políticos, funcionários públicos e jornalistas britânicos com o objetivo de minar a democracia do país.
O Centro Nacional de Segurança Cibernética da Grã-Bretanha (NCSC) disse que o grupo de hackers responsável, identificado como Star Blizzard, é “quase certamente” parte da agência de espionagem do Serviço Federal de Segurança (FSB) de Moscou.
O relatório do NCSC incluiu alegações de ataques contra políticos do Reino Unido, universidades, jornalistas, órgãos do setor público e organizações não governamentais.
O grupo de espionagem também vazou documentos comerciais entre o Reino Unido e os EUA antes das eleições gerais britânicas de 2019 e hackeou documentos de grupos de reflexão britânicos que trabalham na defesa da democracia contra a desinformação.
O secretário de Relações Exteriores do Reino Unido, David Cameron, descreveu as tentativas de interferência na política britânica como “completamente inaceitáveis”.
O NCSC disse que as descobertas expuseram parte de um “padrão mais amplo de atividade cibernética” conduzido pela inteligência russa em todo o mundo.
Em resposta, o Reino Unido e aliados internacionais emitiram um novo comunicado de segurança cibernética com o objetivo de compartilhar detalhes técnicos sobre como os hackers realizam ataques e como os alvos podem se defender contra eles.
O relatório surge antes das próximas eleições gerais britânicas, que deverão ser convocadas antes de janeiro de 2025, e na sequência da votação do Brexit em 2016.