Os líderes da União Europeia (UE) fizeram um apelo nesta quinta-feira (21) por uma “pausa humanitária imediata” no conflito entre Israel e Hamas. Esta é a primeira vez que a UE pede explicitamente por um “alto o fogo sustentável” desde o início dos confrontos.
Durante uma cúpula em Bruxelas, o presidente do Conselho Europeu, Charles Michel, destacou a necessidade de unidade entre os países membros da UE para exercer influência e agir como um ator credível na busca por uma solução pacífica. “Quando estamos unidos a nível europeu, temos mais influência, mostramos que somos um ator credivel e podemos desempenhar um papel útil para tentar convencer o governo de Israel”, afirmou Michel.
Essa mudança na postura da UE foi impulsionada pelo recente anúncio dos Estados Unidos, que planejam apresentar uma resolução na ONU exigindo um “alto o fogo imediato” vinculado à libertação de reféns. Segundo o secretário de Estado dos EUA, Antony Blinken, a resolução já foi apresentada ao Conselho de Segurança da ONU e aguarda votação.
Além do apelo por uma pausa humanitária, os líderes da UE destacaram a importância de evitar uma operação terrestre em Rafah, que poderia ameaçar uma paz duradoura baseada na solução de dois estados. Eles também expressaram preocupação com a situação humanitária em Gaza e pediram um acesso humanitário completo e seguro à região.
A UE também abordou a polêmica em torno da Agência da ONU para os Refugiados Palestinos (UNRWA), cujo trabalho foi considerado “essencial” para o bem-estar dos civis em Gaza, apesar das acusações anteriores de envolvimento em ataques contra Israel.
Por fim, os líderes da UE manifestaram consternação com relatos de violência sexual durante o conflito e pediram mais sanções contra os combatentes do Hamas.
Esta nova postura da UE reflete um esforço conjunto para encontrar uma solução diplomática para o conflito em andamento na região.
