Construída para revitalizar uma região afetada por um terremoto em 2016, transformou-se em uma grande atração turística.
Um tipo de ponte conhecido como “tibetano”, caracterizado por sua base de tábuas e sua sustentação por cabos de aço ou cordas em sua base e laterais, foi recentemente inaugurado na Itália como a Ponte Tibetana de Sellano, a mais alta da Europa, localizada na região de Umbria. Globalmente, a Ponte Tibetana de Sellano é a segunda em extensão após a Sky Bridge 721, na República Tcheca, mas lidera na Europa em altura.
Esta ponte, com uma estrutura de aço e madeira, tem uma inclinação de 68 metros e uma característica particular: uma rota com lâminas de conexão espaçadas entre si. Além de um feito arquitetônico, a estrutura foi projetada para impulsionar o turismo em uma área gravemente afetada por um terremoto em 2016.
A ponte une as localidades de Borgo de Sellano e Castelo de Montesanto, separadas pelo Lago del Vigi. Este marco de engenharia não apenas simboliza uma conquista arquitetônica, mas também uma potencial revitalização turística para o “cuore verde” da Itália, como descreveu Attilio Gubbiotti, prefeito de Sellano.
Com o lema “Seja corajoso, respire e deixe-se levar pelas suas sensações”, o município de Sellano convida os visitantes a explorar esta ponte de 517,5 metros de comprimento e 1.023 degraus, proporcionando uma experiência única a uma altura de 175 metros sobre o nível do vale, em um percurso que dura entre 30 e 45 minutos.
O custo da construção foi de quase 1,5 milhões de euros, financiados pelo Plano Nacional de Recuperação e Resiliência do Ministério do Turismo e pelo Banco Europeu de Investimento, com fundos destinados à recuperação sísmica da região central da Itália. A expectativa por trás deste projeto monumental é reativar a economia local e oferecer uma nova atração turística para estender o tempo de permanência dos visitantes na região, incentivando também a exploração dos pequenos povoados próximos menos conhecidos.
“O puente é um exemplo virtuoso de investimento para revitalizar este território também no âmbito turístico”, afirmou Paola Agabiti, conselheira regional de Turismo de Umbria à imprensa local. “Esta comunidade, apesar de ter sido testada pelo terremoto de 2016, demonstrou um grande apego ao território, e cidadãos e empresas continuaram vivendo e investindo no local de origem, demonstrando uma forte resiliência”.
A ponte não apenas oferece vistas panorâmicas deslumbrantes, mas também exige uma preparação de segurança específica para aqueles que desejam atravessá-la, incluindo o uso de capacete, arnês e luvas. O acesso é permitido apenas para pessoas com mais de 120 cm de altura, com uma capacidade máxima de 90 pessoas por hora. A admissão à ponte custa 25 euros por uma única passagem e 35 euros por uma ida e volta, proporcionando aos aventureiros uma dose de adrenalina e uma experiência inesquecível.
Na inauguração, em março passado, estiveram presentes o presidente da Assembleia Legislativa de Umbria, Marco Squarta, o senador italiano e comissário extraordinário para a reconstrução após o terremoto, Guido Castelli, e o empresário de Umbria, Brunello Cucinelli. Toda a comunidade local participou, assim como muitos turistas que vieram de municípios vizinhos para conhecer a ponte.
