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Após a vitória esmagadora da direita nas eleições europeias, neste domingo (9), o presidente francês Emmanuel Macron anunciou uma decisão histórica: a dissolução da Assembleia Nacional. Em um discurso direto ao povo francês, Macron declarou: “Decidi devolver a vocês a escolha do nosso futuro parlamentar por meio do voto. Portanto, esta noite, dissolvo a Assembleia Nacional”.
“Ouvi sua mensagem, suas preocupações, e não as deixarei sem resposta”, anunciou Macron em um discurso televisionado, destacando o “perigo” do “ascenso dos nacionalistas e demagogos”.
“Não poderia, ao fim deste dia, ignorar essa situação. Além disso, há uma febre que contagiou o debate público e parlamentar em nosso país”, afirmou ele a partir do Eliseu.
“Por isso, depois de proceder às consultas previstas no artigo 12 de nossa Constituição, decidi devolver a palavra sobre o nosso futuro parlamentar através do voto”, acrescentou.
Macron ponderou o duro revés de sua lista nas eleições europeias deste domingo (15%), que obteve metade dos apoios da lista da Agrupação Nacional de Marine Le Pen (cerca de 30%), segundo as pesquisas de boca de urna.
O cabeça de lista da RN nestas eleições, Jordan Bardella, já havia pedido a convocação de eleições para a Assembleia Nacional em uma primeira intervenção após a divulgação das pesquisas.
As novas eleições chegam apenas dois anos após as de junho de 2022, nas quais o Renascimento, o partido do chefe de Estado, perdeu a maioria absoluta que havia tido na legislatura 2017-22, o que gerou problemas para o Governo ao buscar parceiros parlamentares para aprovar suas reformas.
Por exemplo, a muito discutida reforma das pensões foi aprovada no ano passado sem votação na Assembleia Nacional.