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Um ataque aéreo israelense atingiu o bairro de Bashoura, no centro de Beirute, na madrugada desta quinta-feira, deixando ao menos seis mortos e 11 feridos, de acordo com o Ministério da Saúde do Líbano. O bombardeio incendiou um apartamento em um edifício residencial de vários andares, localizado próximo à sede das Nações Unidas, ao escritório do primeiro-ministro e ao parlamento. Ambulâncias foram enviadas às pressas ao local para socorrer os feridos.
A emissora Al-Manar, do Hezbollah, informou que o alvo do ataque era um centro da unidade de saúde da organização. O ataque ocorreu sem aviso prévio, elevando ainda mais a tensão na região.
Reformulação do Plano Israelense
O ataque aéreo ocorre em meio à intensificação dos combates entre Israel e Hezbollah. Recentemente, o confronto direto entre soldados israelenses e militantes do Hezbollah resultou na morte de oito soldados israelenses e no lançamento de 240 foguetes sobre a região da Galileia Ocidental, o que forçou uma reformulação no plano de invasão do Líbano, inicialmente desenhado pelo primeiro-ministro Benjamin Netanyahu.
A estratégia de Netanyahu previa uma invasão terrestre limitada, com o objetivo de interromper os constantes ataques do Hezbollah nas cidades próximas à fronteira libanesa. Netanyahu vinha defendendo publicamente que essa ofensiva seria a solução para acabar com o êxodo de cerca de 60.000 judeus, forçados a abandonar suas casas no norte de Israel devido aos contínuos bombardeios realizados pelo Hezbollah.
Complexidade no Campo de Batalha
No entanto, a realidade no campo de batalha revelou-se mais complicada. O Hezbollah, que mantém uma vasta rede logística além das fronteiras estabelecidas pela Resolução 1701 da ONU, possui túneis e arsenais que se estendem até Beirute. Essa estrutura levou Netanyahu a ampliar os objetivos da invasão para tentar desmantelar a milícia apoiada pelo Irã e neutralizar a ameaça à segurança de Israel.