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A diretora-geral da Organização Mundial do Comércio (OMC), Ngozi Okonjo-Iweala, foi reconduzida ao cargo para um segundo mandato durante uma reunião especial realizada nesta sexta-feira (29), conforme comunicado oficial do órgão. Seu novo mandato coincidirá com o do presidente eleito dos Estados Unidos, Donald Trump. Fontes ligadas à OMC consideram que o próximo período será desafiador, com altas probabilidades de disputas comerciais, especialmente devido às ameaças de Trump de impor tarifas pesadas sobre produtos do México, Canadá e China.
Okonjo-Iweala, ex-ministra das Finanças da Nigéria, fez história em 2021 ao se tornar a primeira mulher e a primeira africana a liderar a organização. Ela tem um amplo apoio entre os membros da OMC e, em setembro, anunciou sua candidatura para um segundo mandato, com a intenção de concluir “negócios inacabados”. Não houve concorrentes para a sua reeleição.
De acordo com fontes, a reunião teve como objetivo acelerar o processo de nomeação de Okonjo-Iweala, a fim de evitar qualquer risco de bloqueio por parte de Trump, cujas equipes e aliados já a haviam criticado no passado. Em 2020, o governo de Trump havia apoiado uma candidata rival e tentado impedir sua primeira nomeação. Ela só conseguiu o apoio dos Estados Unidos após a posse de Joe Biden na presidência.