Entre nos nossos canais do Telegram e WhatsApp para notícias em primeira mão.
Telegram: [link do Telegram]
WhatsApp: [link do WhatsApp]
O líder dos rebeldes islamistas sírios declarou que a ofensiva relâmpago lançada na Síria tem como objetivo principal derrubar o regime do ditador Bashar al-Assad. Abu Mohamed al-Jolani afirmou que a revolução mantém como finalidade a destituição do governo atual, e os rebeldes consideram legítimo o uso de todos os meios disponíveis para alcançar essa meta.
As declarações foram dadas por Abu Mohamed al-Jolani em entrevista ao canal CNN, publicada nesta sexta-feira (06).
O país enfrenta combates intensos entre tropas do governo e grupos rebeldes, especialmente após a ofensiva iniciada na semana passada em Aleppo, a segunda maior cidade síria, e outras regiões. Os insurgentes já tomaram o controle de Aleppo e avançam sobre outras localidades. Na quinta-feira, capturaram Hama, a quarta maior cidade da Síria, considerada estrategicamente importante.
De acordo com o Observatório Sírio para os Direitos Humanos (OSDH), os rebeldes avançaram nesta sexta-feira em direção a Homs, terceira maior cidade do país, e estão a apenas cinco quilômetros de seu centro, após consolidarem o controle de Hama. Nas últimas horas, grupos liderados pelo Hayat Tahrir al-Sham (HTS), formado por islamistas radicais, entraram em Rastan e Talbiseh, cidades da província de Homs, sem encontrar resistência significativa das forças do regime.
Em resposta, Bashar al-Assad declarou que continuará recorrendo à força para combater o que classificou como “terrorismo”. No entanto, suas tropas têm sofrido sucessivas derrotas em várias cidades e recuam em direção à capital, Damasco.
O comandante rebelde afirmou que há coordenação com Rússia e Estados Unidos no desenvolvimento do conflito, ressaltando a complexidade das alianças e interesses internacionais na guerra.
Os combates provocaram uma grave crise humanitária. Segundo a Organização das Nações Unidas (ONU), cerca de 280 mil sírios foram deslocados desde 27 de novembro devido ao avanço dos grupos islamistas. A entidade alerta que esse número pode chegar a 1,5 milhão. O diretor de coordenação de emergências do Programa Mundial de Alimentos, Samer AbdelJaber, informou que o levantamento mais recente, atualizado até a noite de quinta-feira, não inclui pessoas que buscaram refúgio no Líbano após a escalada dos combates entre Hezbollah e Israel. As informações foram divulgadas durante uma coletiva de imprensa em Genebra.