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O presidente Vladimir Putin ordenou nesta quarta-feira (12) que seu exército “liberte completamente” a região russa de Kursk, após intensos combates que forçaram a retirada das tropas ucranianas, que controlavam parte do território desde agosto.
“Espero que todas as missões de combate das nossas unidades sejam cumpridas e que o território da região de Kursk seja em breve completamente liberado do inimigo”, declarou Putin em discurso transmitido pela TV durante uma visita às tropas russas que atuam na região.
Segundo o chefe do Estado-Maior da Rússia, as forças russas capturaram 430 soldados ucranianos que lutavam em Kursk. Putin afirmou que os combatentes presos devem ser “tratados como terroristas, de acordo com as leis da Federação Russa”, sugerindo que eles podem ser julgados em tribunais russos e condenados a décadas de prisão.
Foi a primeira visita de Putin à região ocidental de Kursk desde que forças ucranianas assumiram o controle parcial do território, de acordo com agências de notícias russas. Durante a visita, ele esteve em um centro de comando militar e recebeu um relatório de Valery Gerasimov, chefe do Estado-Maior russo, que informou que as tropas ucranianas na região estavam cercadas.
Putin reforçou que as forças russas devem recuperar completamente o território “o mais rápido possível”.
Ucrânia enfrenta dificuldades na defesa de Kursk
As tropas ucranianas pareciam próximas de perder sua posição em Kursk nesta quarta-feira, enquanto Moscou alegava novos avanços na região. Blogueiros militares de ambos os lados relataram que as forças de Kiev estavam recuando.
Em agosto do ano passado, a Ucrânia lançou uma ofensiva atravessando a fronteira e conquistando parte do território russo, o que elevou o moral da população e criou uma possível moeda de troca no conflito. No entanto, após mais de sete meses tentando manter a área, a situação ucraniana se deteriorou rapidamente na última semana.
O Ministério da Defesa russo afirmou ter capturado mais cinco vilarejos na região, e o porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov, declarou que “a dinâmica é favorável” às forças russas.
Imagens verificadas pela Reuters mostram soldados russos hasteando a bandeira tricolor da Rússia em uma praça central da cidade de Sudzha, perto da fronteira com a Ucrânia. A cidade era um importante ponto logístico para as forças ucranianas.
O site Deep State, que monitora o conflito a partir da Ucrânia, atualizou seu mapa do campo de batalha para indicar que Kiev já não controla Sudzha, embora os combates sigam nos arredores.
O comando militar ucraniano se recusou a comentar, mas um blogueiro militar do país, conhecido como Skadovskyi Defender, afirmou no Telegram que “as Forças Armadas da Ucrânia estão deixando Kursk” e que “não haverá mais soldados ucranianos na região até sexta-feira”.
Apesar disso, o mesmo canal informou que a Ucrânia ainda realiza ataques intensos contra Sudzha.
O governador russo da região relatou que quatro trabalhadores civis morreram na quarta-feira em um ataque ucraniano contra uma fábrica de ração ao nordeste de Sudzha.
O analista militar russo independente Ruslan Leviev afirmou que a incursão ucraniana em Kursk está próxima do fim.
“Talvez essa história termine hoje. Talvez tentem manter algumas aldeias fronteiriças por mais alguns dias. Mas, no geral, a resistência ucraniana em Kursk está chegando ao fim, e as tropas de Kiev estão recuando”, declarou à Dozhd TV.
Proposta de cessar-fogo
Na terça-feira (11), a Ucrânia aceitou uma proposta dos Estados Unidos para um cessar-fogo de 30 dias, em um conflito que já dura mais de três anos. O Kremlin afirmou que precisa de mais informações do governo americano antes de decidir se aceita as condições da trégua.
(Com informações da AFP e Reuters)
