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O Comitê de Segurança Nacional do Paquistão (NSC), presidido pelo primeiro-ministro Shehbaz Sharif, concedeu plenos poderes às forças armadas para retaliar a Índia, que realizou uma série de ataques aéreos dentro do território paquistanês nesta quarta-feira (7).
“De acordo com o Artigo 51 da Carta das Nações Unidas, o Paquistão reserva-se o direito de responder, em legítima defesa, no momento, local e da maneira que considerar apropriado, para vingar a perda de vidas paquistanesas inocentes e a flagrante violação de sua soberania”, declarou o gabinete do primeiro-ministro paquistanês após a reunião de emergência convocada logo após os ataques.
Segundo a nota oficial, o Comitê de Segurança Nacional apelou à comunidade internacional para que reconheça “a gravidade das ações ilegais e não provocadas da Índia e a responsabilize por suas flagrantes violações de normas e leis internacionais”.
O NSC classificou os eventos desta manhã, nos quais, segundo os militares paquistaneses, 26 civis foram mortos em ataques indianos à infraestrutura no leste do país, como um “ato de guerra não provocado, covarde e ilegal da Índia”.
O Paquistão informou que os ataques atingiram alvos nas áreas de Sialkot, Shakargarh, Muridke e Bahawalpur, na província de Punjab; e Kotli e Muzaffarabad, em Azad Jammu e Caxemira, a parte do território da Caxemira administrada por Islamabad. No entanto, Nova Déli alega que os ataques não tiveram como alvo propósitos civis, econômicos ou militares, mas sim infraestrutura supostamente utilizada por terroristas.
“O ato de agressão da Índia também colocou em grave perigo companhias aéreas comerciais pertencentes a países irmãos do Golfo, pondo em risco a vida de milhares de passageiros a bordo. Além disso, o Projeto Hidroelétrico Neelum-Jhelum foi atacado deliberadamente, em violação de convenções internacionais”, acrescentou o comunicado do gabinete do primeiro-ministro.
Ademais, o Paquistão rejeitou as acusações da Índia sobre a existência de campos terroristas em seu território.
“A liderança indiana, carente de toda moralidade, chegou ao extremo de atacar civis inocentes para satisfazer seus delírios e objetivos políticos de curto alcance. Atacar seu povo inocente não é nem tolerável nem aceitável para o Paquistão. A Índia, contra toda lógica e sanidade, acendeu mais uma vez uma fogueira na região, e a responsabilidade pelas consequências recairá exclusivamente sobre a Índia”, enfatizou o comunicado.
A escalada de tensão entre a Índia e o Paquistão atingiu seus níveis mais altos neste século, depois que Nova Déli acusou Islamabad de estar por trás do ataque de 22 de abril na localidade de Pahalgam, na Caxemira indiana, no qual morreram 26 civis, em sua maioria turistas indianos.
(Com informações da Agência EFE)
