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O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, afirmou nesta segunda-feira (26) que está avaliando a possibilidade de retirar mais 3 bilhões de dólares em subsídios da Universidade de Harvard, com o objetivo de direcioná-los a centros de formação profissional. Ele insistiu que a prestigiada universidade ainda não enviou as listas de alunos estrangeiros que seu governo tem solicitado.
“Estou considerando retirar 3 bilhões de dólares em subsídios de uma Harvard muito antissemita e dá-los a escolas de formação profissional em todo o país. Que grande e tão necessária inversión seria para os Estados Unidos!”, escreveu Trump nesta segunda-feira em sua rede social Truth Social.
Confronto com Harvard se intensifica
Nos últimos meses, a administração Trump já cortou quase 2 bilhões de dólares em subsídios federais para Harvard e ameaçou retirar suas isenções fiscais. Na última quinta-feira (22), o governo anunciou que deixaria de estender vistos para alunos estrangeiros de Harvard, e aqueles já matriculados teriam que mudar de instituição ou estariam sujeitos a deportação.
Essa última medida, que uma juíza federal bloqueou temporariamente na sexta-feira passada (23), é uma resposta à recusa de Harvard em fornecer dados de seus estudantes estrangeiros. O Executivo busca identificar quais deles participaram de protestos pró-Palestina e outras atividades que a administração considera passíveis de sanção.
“Ainda estamos esperando as listas de estudantes estrangeiros de Harvard para que possamos determinar, após um gasto absurdo de bilhões de dólares, quantos lunáticos radicalizados, todos eles baderneiros, não deveriam ser admitidos novamente em nosso país”, escreveu Trump nesta segunda-feira em outra mensagem no Truth Social.
“Harvard é muito lenta na apresentação desses documentos, e provavelmente com razão! O melhor de Harvard é que eles procuraram e encontraram a melhor juíza (para eles!). Mas não temam, no final o Governo VENCERÁ!”, concluiu ele.
Acusações de antissemitismo e viés político
Desde seu retorno à Casa Branca em janeiro, Trump tem intensificado seu embate com instituições acadêmicas da prestigiada Ivy League, como Columbia e Harvard. Ele acusa esta última de fomentar o antissemitismo ao permitir manifestações contra a ofensiva israelense em Gaza e de favorecer o Partido Comunista Chinês em seus programas de intercâmbio.
No domingo (25), Trump defendeu a decisão de sua administração de bloquear o ingresso de estudantes estrangeiros na Universidade de Harvard, mesmo após um juiz ter suspendido a medida impulsionada pelo Departamento de Segurança Nacional.
“Por que Harvard não diz que quase 31% de seus estudantes são de países estrangeiros, e, no entanto, esses países, alguns nada amigos dos Estados Unidos, não pagam nada pela educação de seus estudantes, nem têm intenção de fazê-lo?”, escreveu Trump em sua rede Truth Social.
O ex-presidente também questionou a falta de cooperação da universidade com as solicitações do governo federal: “Queremos saber quem são esses estudantes estrangeiros, um pedido razoável dado que damos a Harvard BILHÕES DE DÓLARES, mas Harvard não se mostra precisamente comunicativa”.
Na última quinta-feira (22), a secretária de Segurança Nacional, Kristi Noem, revogou a autorização de Harvard para matricular estudantes estrangeiros, o que colocou em xeque o futuro acadêmico de milhares de alunos e afetou um dos canais de ingresso mais lucrativos para a instituição. A medida foi suspensa por um juiz federal depois que a universidade apresentou uma ação, classificando a ação governamental como “arbitrária, caprichosa, ilegal e inconstitucional”.
