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A Marinha britânica informou neste domingo (6) sobre um ataque contra um navio comercial no Mar Vermelho, realizado por várias embarcações pequenas que dispararam armas automáticas e granadas autopropulsadas contra a embarcação próxima à costa do Iêmen.
A entidade responsável pela segurança marítima, Operações Marítimas Comerciais do Reino Unido (UKMTO), comunicou que recebeu o relato do incidente ocorrido a cerca de 94 quilômetros a sudoeste da cidade portuária de Al Hodeidah, região estratégica sob controle dos rebeldes hutis no Iêmen.
“O navio foi atacado por várias embarcações pequenas que abriram fogo com armas pequenas e granadas autopropulsadas”, informou a UKMTO em alerta oficial. A organização destacou que a equipe de segurança armada do navio “respondeu ao fogo” e que “a situação continua”, sem fornecer mais detalhes sobre o confronto.
A empresa britânica de segurança marítima Ambrey acrescentou que o navio mercante “foi abordado e atacado por oito embarcações pequenas enquanto seguia para o norte no Mar Vermelho” e foi alvo de disparos com armas pequenas e granadas.
Diante da situação, as autoridades marítimas recomendaram que as embarcações naveguem com cautela na região e “reportem qualquer atividade suspeita à UKMTO”. Contudo, nenhuma organização foi responsabilizada oficialmente pelo ataque até o momento.
O ataque ocorreu no mesmo dia em que os rebeldes hutis lançaram um míssil balístico contra Israel, interceptado pelas defesas aéreas israelenses, sem causar vítimas ou danos. O canal de notícias do grupo hutis, al-Masirah, confirmou o ataque ao navio, mas não comentou detalhes adicionais.
A Marinha dos Estados Unidos, por meio da Quinta Frota baseada no Oriente Médio, informou que encaminhou as consultas ao Comando Central militar, que não respondeu de imediato. As autoridades confirmaram que o incidente está sob investigação.
Os insurgentes hutis, apoiados pelo Irã, intensificaram ataques contra Israel e o tráfego comercial no Mar Vermelho desde o início da guerra na Faixa de Gaza em outubro de 2023. Eles afirmam que tais ações visam pressionar Israel e apoiar o grupo palestino.
Entre novembro de 2023 e janeiro de 2025, os hutis realizaram mais de 100 ataques contra navios mercantes, usando mísseis e drones, afundando dois navios e causando a morte de quatro marinheiros. Isso reduziu significativamente o comércio na rota do Mar Vermelho, que normalmente movimenta cerca de US$ 1 trilhão anualmente.
Houve uma trégua autoimposta pelos hutis desde novembro do ano passado até março, quando os ataques voltaram após ofensivas dos EUA contra o grupo. Desde então, os ataques a navios haviam cessado, mas o grupo continuou lançando mísseis contra Israel.
Recentemente, os hutis confirmaram que continuarão atacando navios ligados a Israel ou que tenham planos de atracar em portos israelenses, buscando impor um bloqueio aéreo e naval ao país.
O Mar Vermelho é uma rota comercial vital que transporta cerca de 12% do comércio global, segundo a Câmara Internacional de Navegação. Devido aos ataques, algumas empresas marítimas têm desviado suas rotas pelo sul da África para evitar a região.
Paralelamente, o conflito de mais de uma década entre os hutis e o governo iemenita exilado, apoiado pela coalizão liderada pela Arábia Saudita, permanece estagnado. A Guarda Costeira do Iêmen, leal ao governo exilado, já esteve envolvida em confrontos na região.
Além disso, piratas somalis também atuam na área, geralmente para capturar navios e exigir resgate.
(Com informações das agências EFE, AP e AFP)
