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O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, afirmou nesta terça-feira (21) que “aniquilará o Hamas” caso o grupo terrorista palestino descumpra o acordo de paz firmado com Israel. A declaração foi feita em uma publicação na rede Truth Social, onde o republicano disse ter recebido apoio de países do Oriente Médio dispostos a intervir militarmente na Faixa de Gaza, caso o cessar-fogo seja rompido.
“Numerosos dos nossos agora GRANDES ALIADOS no Oriente Médio, e em áreas ao redor, me informaram explicitamente e com grande entusiasmo que estariam dispostos, a meu pedido, a entrar em Gaza com uma força pesada e ‘acabar com o Hamas’ se o grupo continuar agindo mal, em violação ao acordo conosco”, escreveu Trump.
As declarações ocorrem enquanto o vice-presidente JD desembarca em Israel para reuniões emergenciais com o primeiro-ministro Benjamin Netanyahu, em meio à crescente tensão na região. O governo israelense ordenou novos ataques aéreos após a morte de dois soldados em confrontos com militantes do Hamas no sul de Gaza.
“O amor e o espírito pelo Oriente Médio não eram vistos assim há mil anos! É algo belo de se ver!”, afirmou Trump.
“Disse a esses países, e a Israel, ‘AINDA NÃO!’. Ainda há esperança de que o Hamas faça o que é certo. Se não fizer, o fim do Hamas será RÁPIDO, FURIOSO e BRUTAL!”, completou.
O republicano também agradeceu a Indonésia pela cooperação em questões humanitárias. “Gostaria de agradecer ao grande e poderoso país da Indonésia, e ao seu maravilhoso líder, por toda a ajuda que têm mostrado e dado ao Oriente Médio e aos Estados Unidos.”
Situação em Gaza e denúncias de tortura
A trégua entre Hamas e Israel segue instável. O grupo palestino ainda não entregou os corpos de 15 reféns mortos, alegando dificuldades para localizá-los em meio aos escombros. Em contrapartida, Israel já devolveu 165 corpos de palestinos desde o início do acordo, segundo o Ministério da Saúde de Gaza.
Autoridades palestinas afirmam que alguns dos corpos devolvidos apresentam sinais de tortura. “O que aconteceu constitui um crime de guerra e um crime contra a humanidade”, disse Dr. Muneer al-Boursh, diretor-geral do Ministério da Saúde de Gaza. Ele pediu uma investigação internacional independente liderada pela ONU.
Imagens recentes mostram militantes do Hamas agredindo e executando civis palestinos, acusados de colaborar com Israel. Em um dos vídeos, homens encapuzados espancam duas vítimas e disparam contra seus joelhos.
Enquanto isso, Israel acusa o Hamas de violar o cessar-fogo por meio de ataques em Rafah e Khan Younis. Retaliações israelenses deixaram pelo menos 45 palestinos mortos nos últimos dias.
Negociações e mediação internacional
O chefe negociador do Hamas, Khalil al-Hayya, afirmou ao canal egípcio Al-Qahera News que o grupo continua comprometido com o acordo firmado na Cúpula de Sharm el-Sheikh, mediada por Trump e pelo presidente egípcio Abdel-Fattah el-Sissi.
“Desde o dia em que assinamos o acordo de Sharm el-Sheikh, estamos determinados a cumpri-lo até o fim. Recebemos garantias de mediadores e de Trump que nos dão confiança de que a guerra terminou de vez”, declarou Al-Hayya.
Mesmo assim, novas trocas de ataques entre forças israelenses e militantes palestinos mantêm a região em alerta.
O emir do Catar, Sheikh Tamim bin Hamad Al Thani, criticou Israel por “violar repetidamente o cessar-fogo” e reafirmou o compromisso do país em continuar mediando as negociações.