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Durante as buscas da Operação Pés de Barro, realizadas no último dia 21, a Polícia Federal encontrou um celular dentro de uma caixa de remédios no frigobar da casa do deputado federal Wilson Santiago (PTB-PB). O parlamentar é acusado pela Procuradoria-Geral da República de ter recebido cerca de R$ 1,2 milhão em propinas no âmbito da construção da Adutora Capivara, no sertão paraibano.
A denúncia da Procuradoria, apresentada no mesmo dia em que a ‘Pés de Barro’ foi deflagrada, imputa a Wilson Santiago 16 episódios de corrupção. A mesma acusação é feita em face do prefeito de Uiraúna João Bosco Nonato Fernandes, preso no âmbito da Operação Pés de Barro e flagrado pela Polícia Federal colocando R$ 25 mil na cueca.
A acusação foi divulgada na tarde do último dia 21, sendo que na manhã do mesmo dia os políticos tiveram suas residências e locais de trabalho vasculhados pela PF.
A Pés de Barro cumpriu 13 mandados de busca e apreensão, sendo que, em um dos endereços de Santiago, apreendeu cerca de R$ 37 mil em espécie.
As ordens foram expedidas a mando ministro do Supremo Tribunal Federal Celso de Mello que determinou ainda o afastamento de cargos dos políticos.
Além deles, outras cinco pessoas são investigadas pela ‘Pés de Barro’ e foram denunciadas pela PGR: George Barbosa, executivo da Coenco construções, empresa responsável pelas obras da adutora; Evani Ramanho, Israel Nunes de Lima e Luiz Carlos de Almeida, secretários parlamentares de Santiago; e Severino Batista, Motorista da Secretaria de Governo e Articulação Política do município de Uiraúna. / Agência Estado