O juiz da Lava Jato no Rio, Marcelo Bretas, decretou nesta segunda-feira (23), uma nova prisão preventiva do empresário Arthur Soares, o “Rei Arthur”. Ele ainda mandou incluir seu nome da lista de procurados pela Interpol.
Foragido desde 2017 nos EUA, o “Rei Arthur é investigado por financiar e intermediar a compra de dois apartamentos em Miami para dissimular o pagamento de propina por parte de Mário Peixoto ao ex-presidente da Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro (Alerj), Paulo Melo (MDB-RJ), de acordo com o Ministério Público (MP).
“Há claros indícios de que ele permanece em franca atividade, mesmo figurando como foragido da Justiça brasileira […] Mesmo foragido desde setembro de 2017, REI ARTHUR continua operando em auxílio aos membros da organização criminosa, sem qualquer pudor de ser preso, em clara afronta ao Judiciário brasileiro”, escreveu o juiz da 7ª Vara Federal Criminal do Rio na decisão.
Na mesma decisão, Bretas mandou prender, novamente, o filho de Mário, Vinícius Peixoto, que já havia sido preso em maio, na Operação Favorito, que investiga contratos emergenciais de empresas ligadas ao pai na pandemia, mas obteve prisão domiciliar por suspeita de que teria contraído a covid-19.
Na nova ordem de prisão, Bretas afirmou que Vinícius estaria operando para se afastar das empresas envolvidas em atos de corrupção, com nomeação de supostos laranjas.