Ao defender a manutenção da suspeição do ex-juiz Sergio Moro contra Lula, o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Ricardo Lewandowski, rebateu Luís Roberto Barroso, que o “alertou” sobre a ilicitude das mensagens roubadas dos procuradores da Lava Jato.
“Pode ser ilícita, mas foi amplamente divulgada e não foi contestada”, disse o ministro.
Lewandowski citou as mensagens em seu voto, ao julgar Moro parcial na Segunda Turma. Depois, negou que seja conivente com a corrupção, mas atacou o “modus operandi” da Lava Jato, novamente fazendo referência às mensagens.
“O modus operandi da Lava Jato levou a conduções coercitivas, a prisões preventivas prolongadas, a ameaças a familiares, a prisão em segunda instância e outras condutas incompatíveis com o Estado Democrático de Direito. Não concordo que as mensagens que foram arrecadas — diga-se, periciadas pela Polícia Federal — constituíram meros pecadilhos”, afirmou.