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Há cerca de três semanas, o ex-presidente Michel Temer e os ministros do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes e Dias Toffoli, jantaram juntos em São Paulo para falar sobre a crise entre os Poderes.
No mesmo encontro estava o corregedor do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Luís Felipe Salomão, responsável por abrir um inquérito contra o presidente Jair Bolsonaro por críticas às urnas eletrônicas.
Em entrevista ao ‘O Globo’, Temer confirma o encontro e disse que, na ocasião, defendeu que Luiz Fux, presidente da Corte, trabalhe para reabrir um canal permanente de interlocução com Bolsonaro.
“Dizem que a situação chegou a um grau de tensionamento de onde não há mais como recuar. Sempre há como corrigir, mas a pacificação, o contato institucional deve ser feito entre presidentes de Poderes, ou seja, Jair e Fux. Precisam manter diálogo permanente”, afirmou.
Temer demonstrou preocupação com as críticas virtuais contra Moraes, que chegou ao STF por conta dele.
“O que fazem com ele [Alexandre de Moaes] e com a família dele nas redes sociais tem me impressionado. Soube de uma publicação em que se pedia que cortassem sua cabeça”, disse Temer, para quem há caminhos viáveis para se resolver a crise institucional.
“É preciso pacificar o país, mas, antes, há de se pacificar o presidente”, afirmou.