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Em entrevista à Rádio Bandeirantes, o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Gilmar Mendes, disse que o inquérito ilegal das fake news impediu que o Brasil sofresse uma “derrapagem” a um modelo político “mais autoritário”.
“Tenho a impressão de que, não fosse o inquérito das fake news, poderíamos ter tido a derrapagem a um modelo muito mais autoritário. Quem viveu Brasília em 2019 e 2020 deve ter visto as manifestações voltadas contra o Congresso, voltadas contra o STF, aquele espocar de fogos, com empresários financiando as atividades. Não excluo que, não tivesse o inquérito das fake news, tivéssemos organizações paramilitares atuando. Vimos o tom ali, embora talvez com caráter simbólico, das declarações, por exemplo, de Sérgio Reis e de outros”, disse Gilmar nesta quarta-feira (15).
“Superamos nesses anos todos uma inflação de mais de 84% na transição Sarney-Collor dentro de marcos democráticos. Continuaremos assim. Não há intuito nenhum do tribunal de causar moças ao setor político ou ao presidente. Há muitas fake news também nesse ambiente. O que o tribunal fez, no inquérito, foi uma autodefesa de suas próprias competências e uma defesa da democracia no Brasil, que corria riscos”, completou.