Durante live do site Valor Econômico, o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Gilmar Mendes, defendeu o inquérito ilegal das fake news ao afirmar que muitos dos que foram presos não estavam apenas exercendo sua liberdade de expressão, mas fazendo ameaças.
O magistrado citou casos como o do deputado federal Daniel Silveira e do presidente do PTB, Roberto Jefferson.
“Aqui estamos longe de qualquer debate sobre liberdade de expressão… Foi nesse contexto que houve reação (do presidente Bolsonaro) no inquérito das fake news”, declarou Gilmar ao avaliar que esse inquérito talvez tenha poupado o Brasil de uma derrapada para um terreno autoritário.
“Suponho que já havia ali estruturação de milícias. Havia empresários financiando grupos que estariam atuando”, declarou.
“Não vejo o tribunal ter exorbitado ou exarcebado nas suas funções. Acho que o inquérito cumpriu função importante, foi resposta importante, mas causa irritação nos grupos que veem essas ações políticas como ações normais”, complementou Gilmar.
Para o ministro do STF, é preciso prosseguir no trabalho de pacificar o país, classificado como “ um imenso” desafio.
“Temos um imenso trabalho, as pessoas perderam emprego, estão carente de auxílio emergencial. Estamos gastando vela com defunto ruim, discutindo questões ideológicas”, acrescentou ao rechaçar as avaliações de que o STF esteja impedindo o governo de governar.