O líder do Partido Democrático Trabalhista (PDT) na Câmara dos Deputados, Wolney Queiroz (PDT-PE), disse na segunda-feira (08) que a sigla mudará sua posição e orientará seus deputados para votarem contra a PEC dos Precatórios.
O texto-base da PEC dos Precatórios foi aprovado na Câmara dos Deputados na última quinta-feira (04), por 312 votos a 144, em primeiro turno. A proposta é a principal aposta do governo para viabilizar o programa social Auxílio Brasil.
A proposta deve ser votada em segundo turno nesta terça-feira (9).
“Em nome da unidade partidária, o nosso partido vai mudar a orientação de ‘sim’, para ‘não’, na votação de amanhã. Nós avaliamos e é para isso que as PECs são votadas em dois turnos, para que haja tempo para a decantação dos assuntos, para o aprimoramento das posições”, disse o líder do PDT na Câmara.
A decisão do PDT representa uma mudança de posicionamento do partido em relação à votação em primeiro turno da PEC, quando a sigla orientou voto a favor do texto, após acordo com o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), sobre recursos destinados à área da educação.
A bancada do PDT tem 25 deputados. No primeiro turno, 15 parlamentares votaram a favor da PEC, o que ajudou na aprovação do texto por 312 votos a 144. Eram necessários pelo menos 308 votos para a aprovação.
De acordo com o deputado, a mudança foi uma exigência da cúpula do PDT. “O partido exigiu de nós essa posição e nós vamos aquiescer. Para não dividir o partido, nós vamos alterar a nossa posição e vamos encaminhar o voto contrário à PEC”, frisou o parlamentar.
A mudança de orientação na votação não significa, no entanto, que todos os 25 deputados da legenda votarão contra a PEC. Os próprios pedetistas reconhecem que, entre os 15 que votaram a favor do texto em primeiro turno, haverá novos votos pela aprovação da proposta.
Questionados se com a mudança do PDT a PEC será derrubada, os deputados pedetistas lembram que parlamentares de outras siglas que não participaram da primeira votação podem participar do segundo turno e, assim, o governo tem chances de aprovar o texto.