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Na manhã desta terça-feira (14), a Polícia Civil e o Ministério Público do Distrito Federal (MPDFT) cumpriram mandados de busca e apreensão no gabinete do deputado distrital Daniel Donizet (PL), na Câmara Legislativa (CLDF), para investigar denúncias de “rachadinha” envolvendo assessores do parlamentar.
A operação, chamada de “Melinoe” – em referência à deusa grega dos fantasmas, de acordo com a polícia – apontou que os servidores repassavam parte do salário ao deputado distrital, por meio do chefe de gabinete e assinavam as folhas de ponto, mas não compareciam à CLDF, mesmo antes da implementação do trabalho remoto, devido à pandemia.
Em nota, Donizet afirmou que as denúncias “são completamente infundadas”. O parlamentar disse ainda que não teve acesso ao inquérito policial para entender o que motivou as buscas.
Após as denúncias foram identificados, até agora, sete servidores-fantasma no gabinete, inclusive um cantor sertanejo que recebia salário com dinheiro público, mas não aparecia para trabalhar.
Os investigadores apontam que o suposto esquema ocorre desde o começo do mandato, em 2019. O prejuízo aos cofres públicos é estimado em mais de R$ 1 milhão. São investigados os crimes de corrupção, peculato, prevaricação e falsidade ideológica.
A investigação contra o parlamentar começou em 2019, após denúncias que alguns servidores não exerciam suas funções. Os nomes dos demais envolvidos, no entanto, não foram divulgados.
Durante a operação, agentes também cumpriram os mandados judiciais em Luziânia (GO) e Valparaíso, no Entorno do Distrito Federal, além de Águas Claras e Gama. A Polícia Civil, por meio da Delegacia de Repressão à Corrupção (DRCOR/DECOR), apreendeu R$ 110 mil em espécie.
Pela manhã, apesar da operação policial, os trabalhos na Câmara Legislativa não foram suspensos.
Na pauta desta terça-feira (14) está prevista uma sessão extraordinária para votar pelo menos 32 projetos do Executivo. A expectativa é que as propostas aprovadas sejam sancionadas pelo governador Ibaneis Rocha (MDB) antes do Natal.