Política

‘Justiça Eleitoral brasileira pode estar sob ataque hacker, inclusive da Rússia’, diz Fachin

Em entrevista ao O Estadão, o próximo presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Edson Fachin, afirmou que a Justiça Eleitoral brasileira pode estar sob ataque de hackers e citou a Rússia, “que não têm legislação adequada de controle”.

De acordo com Fachin, as instituições democráticas brasileiras terão seu maior teste nas eleições deste ano, mas ele disse não acreditar que o presidente Jair Bolsonaro, que tem colocado a confiabilidade do voto por urnas eletrônicas, não reconhecerá os resultados.

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“A preocupação com o ciberespaço se avolumou imensamente nos últimos meses e eu posso dizer a vocês que a Justiça Eleitoral já pode estar sob ataque de hackers, não apenas de atividades de criminosos, mas também de países, tal como a Rússia, que não tem legislação adequada de controle. Porque, para garantir a liberdade, é preciso controlar quem atenta contra a liberdade. Para garantir a liberdade de expressão, é fundamental que se garanta a expressão da liberdade. Porque, senão, o discurso da liberdade é um discurso oco, é um discurso próprio do populismo autoritário. E esse é o nosso terceiro universo de preocupações, ou seja, universo que diz respeito a ter paz e segurança nas eleições”, afirmou.

“Nós temos riscos detectados em alguns países, como, por exemplo, na Macedônia do Norte, que são riscos detectados, entraram no nosso radar diagramado do desenho desses riscos… Em relação aos hackers que advêm da Rússia, os dados que nós temos dizem respeito a um conjunto de informações que estão disponíveis em vários relatórios internacionais e muitos deles publicados na imprensa. Há relatórios públicos e relatórios de empresas privadas, que a Microsoft fez publicar perto do fim do ano passado, que mostram que 58% dos ciberataques têm origem na Rússia”, completou Fachin.

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