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Em entrevista à Veja, o agora ex-presidente da Petrobras, Joaquim Silva e Luna, disse que foi demitido por Jair Bolsonaro porque não estava disposto a “alterar preços, aceitar interferência e trocar diretores”.
O general afirma que, apesar de sua lealdade ao presidente, não está disposto a vender a alma.
“Não vendo minha alma a ninguém, não coloco meus valores em xeque. A diretoria que trabalha comigo tem confiança em mim. Tenho dever e lealdade com o presidente da República, mas algumas coisas não posso fazer. Não fiz. O final do filme não foi surpresa, mas jamais imaginei que chegaria a esse momento. Não vendo minha alma a ninguém.”
Silva e Luna afirmou também que Bolsonaro tentou interferir na estatal, pedindo a nomeação de diretores: “Houve indicações nesse sentido, mas confesso que isso não me incomodou. Eu não ia fazer. Então, eu dormia tranquilo. Meu apego a cargo é zero, nunca tive. Vim para servir. Entendi que tinha de cuidar da empresa, a parte política não cabia a mim. Saio com a alma lavada e com muito orgulho”.