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O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, prorrogou por mais 90 dias o inquérito (INQ 4874) que apura a suposta existência de “milícias digitais antidemocráticas”.
Na decisão, proferida nesta quarta-feira (6), o ministro levou em consideração a necessidade de prosseguimento das investigações e a existência de diligências em andamento.
A investigação se concentra em descobrir se esses produtores de conteúdo recebem doações; como fazem a monetização dos canais na internet; e se tinham conhecimento ou não de fraudes no sistema do Tribunal Superior Eleitoral (TSE).
De acordo com o STF, “o INQ 4874 foi instaurado a partir de indícios e provas da existência de uma organização criminosa, de forte atuação digital, que se articularia em núcleos político, de produção, de publicação e de financiamento, com a finalidade de atentar contra a democracia e o Estado de Direito no país”.
O inquérito foi aberto no começo de julho de 2021, depois de Alexandre de Moraes ter determinado o arquivamento — a pedido da Procuradoria-Geral da República (PGR) — do inquérito que investigou atos antidemocráticos do início do ano passado.
Em um relatório parcial apresentado em fevereiro ao STF, a delegada Denisse Ribeiro afirmou que uma suposta “milícia digital” que atua contra a democracia e as instituições usa a estrutura de um suposto “gabinete do ódio” do Planalto.