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O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Gilmar Mendes, autorizou, nesta segunda-feira (09), a eleição indireta para governador-tampão de Alagoas (AL), com algumas alterações.
A votação havia sido suspensa após Arguição de Descumprimento de Preceito Fundamental (ADPF) impetrada na Suprema Corte pelo PP e pelo PSB.
Entre as mudanças determinadas, Gilmar decidiu que o registro e a votação dos candidatos a governador e vice-governador devem ser realizados em chapa única.
No 1º edital, eram admitidas candidaturas isoladas para os dois cargos.
Além disso, determinou a “imediata reabertura do prazo para inscrição no certame eleitoral”.
Alagoas vive um imbróglio judicial gigantesco para eleger o governador-tampão do Estado. A situação opõe aliados do senador Renan Calheiros e do deputado Arthur Lira.
Renan Filho (MDB) deixou em abril o cargo de governador para concorrer ao Senado Federal. Segundo na linha sucessória, o ex-vice-governador Luciano Barbosa (MDB) havia deixado o mandato em 2020, ao se eleger prefeito de Arapiraca.
O presidente da Assembleia Legislativa de Alagoas, Marcelo Victor (MDB), aliado do grupo de Renan e Renan Filho, se recusou a assumir a gestão estadual para não ficar inelegível em outubro, quando disputará novamente uma cadeira no Legislativo estadual.
Com as renúncias, o governador neste momento é o desembargador Klever Loureiro, presidente do Tribunal de Justiça do Estado.
A Assembleia Legislativa iria se reunir na última segunda-feira (02) para eleger o próximo governador-tampão, que cumpriria o mandato até a posse dos eleitos em outubro, mas o presidente do STF Luiz Fux suspendeu o pleito indireto, após ações protocolados na Corte por PP e PSB.
O deputado estadual Paulo Dantas (MDB), do grupo de Renan Calheiros, é o favorito pela Casa para ser eleito. O MDB tem mais da metade dos parlamentares na assembleia.